A pedido do governo do estado, o Judiciário determinou o bloqueio de R$ 100 mil de quatro entidades. É mais uma medida tomada contra a operação-padrão.
A pedido do governo de Pernambuco, a Justiça estadual determinou, na noite de quinta-feira (15), o bloqueio de R$ 100 mil das contas bancárias das entidades que representam os policiais militares e bombeiros. O valor está sendo cobrado por causa de descumprimento de decisão judicial. Na sexta-feira (9), as categorias promoveram reunião no Derby, na área central do Recife, o que tinha sido proibido pelo Judiciário.
Estão na lista de entidade atingidas a Associação Pernambucana dos Cabos e Soldados Policiais e Bombeiros Militares (ACS), a Associação de Praças dos Policiais e Bombeiros Militares de Pernambuco (Aspra-PE), a Associação de Bombeiros Militares de Pernambuco (ABM-PE) e a Associação dos Militares Estaduais (AME). As entidades estão realizando operação-padrão e reduziram o número de policiais nas ruas.
De acordo com a decisão do desembargador José Fernandes Lemos, a medida é necessária para combater o descumprimento de ordens judiciais. “A recalcitrância do réu reclama providências tendentes a assegurar a força da decisão que lhe foi endereçada, porém ignorada, sendo cabível o bloqueio judicial requerido pelo autor de modo a combater o descumprimento de ordens judiciais, que representa um verdadeiro atentado ao Estado de Direito”, escreveu.
O bloqueio das contas foi mais uma ação do governo para desmobilizar as associações de PMs e bombeiros. Desde terça-feira (6), as categorias estão mobilizadas para exigir reajuste salarial e chegaram a entregar os cargos de jornada extra.
Primeiro, o estado suspendeu as férias dos agentes de segurança. Com isso, pretende colocar nas ruas 1.632 homens para reforçar as ações. Depois, anunciou que vai punir o policial ou bombeiro que faltar ao trabalho, mesmo tendo aderido ao programa de jornada extra.