"Aconteceu um ato tipicamente terrorista, é um atentado contra o estado. O que está acontecendo, que aconteceu na Barreto Campelo [em Itamaracá, quando fugiram 53 presos] e aqui [no Complexo do Curado], são ações de enfrentamento ao estado e o estado vai reagir com todo rigor", garantiu o secretário em entrevista.
Na tarde do sábado, houve uma explosão embaixo de uma das guaritas do PFDB, destruindo parte da murada e abrindo um buraco, por onde os presos fugiram. Na parte interna do presídio, havia uma cerca com concertina, um arame farpado feito de aço, que foi pulada pelos detentos. O secretário garantiu que a estrutura vai ser reforçada para evitar novas ocorrências.
As obras devem estar concluídas em 150 dias. "Nós vamos reforçar as concertinas, que são estruturas de aço para impedir a circulação, vamos reforçar a muralha em cima e os alabrados. As concertinas vão estar no chão e dentro do alambrado. A linha entre os alambrados e a muralha vai ser rigorosamente fiscalizada como uma linha intransponível. Quem passar, ficará numa linha de fogo e poderá ser atingido", afirmou Pedro Eurico.
O secretário reconheceu que as estruturas físicas tanto do Complexo do Curado quanto da Penitenciária Barreto Campelo possuem falhas. "As muralhas existentes hoje, tanto no Complexo do Curado, quanto da Barreto Campelo, são de tijolo. Vamos fazer o envelopamento com concreto", apontou, ressaltando que "não há problemas com recursos". Ele se reuniu com o governador Paulo Câmara pela manhã.
Em nota, Câmara afirma que "determinou a adoção de todas as medidas necessárias para manter a segurança nas unidades prisionais do estado", além de "um rigor ainda maior das medidas quem vêm sendo implementadas nos últimos meses para impedir a entrada de armas, drogas e celulares nas unidades prisionais, com vistorias periódicas".
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As fugas em massa tanto no Recife, quanto em Itamaracá, aconteceram de maneiras semelhantes, com apoio de pessoas externas que agiram para abrir um buraco na muralha e com três dias de diferença. "O modus operandi de ambas são similares e estamos investigando isso. Temos que entender que o estado sempre toma medidas e os bandidos sempre reagem também", pontuou Pedro Eurico.
As fugas em massa tanto no Recife, quanto em Itamaracá, aconteceram de maneiras semelhantes, com apoio de pessoas externas que agiram para abrir um buraco na muralha e com três dias de diferença. "O modus operandi de ambas são similares e estamos investigando isso. Temos que entender que o estado sempre toma medidas e os bandidos sempre reagem também", pontuou Pedro Eurico.
O gestor da Penitenciária Barreto Campelo foi afastado provisoriamente das funções, mas o secretário descartou tomar a mesma medida no Curado, uma vez que, apesar das semelhanças, foram "ações diferentes" e a investida de sábado (24) não há indícios de auxílio interno.
FONTE : G1