quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Mais de 160 pessoas participaram do seminário de encerramento da Caravana da Inovação da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação, realizado no auditório do Instituto de Tecnologia de Pernambuco (ITEP), na Cidade Universitária. Na abertura, a secretária Lúcia Melo, ao fazer um balanço das cinco etapas da Caravana, ressaltou o trabalho integrado com diversas secretarias e instituições que possibilitou "trazer ao interior do estado as principais financiadoras de projetos e pesquisas, favorecendo criar a cultura da inovação nas regiões visitadas". Nas cinco etapas anteriores, nas cidades de Petrolina, Araripina, Serra Talhada, Garanhuns e Caruaru, a Caravana da Inovação reuniu mais de 400 pessoas. As propostas aprovadas serão financiadas com recursos não reembolsáveis no montante global de até R$ 600 mil em bolsas implementadas pela FACEPE. Cada proposta aprovada poderá obter até cinco Bolsas Pesquisador Visitante por um período de 12 meses.

Defesa vê 'hipóteses delirantes' na acusação e questiona delação de Delcídio.
Lula foi denunciado por supostamente tentar impedir delação de Cerveró.


A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pediu à Justiça Federal em Brasília a anulação de uma ação em que ele responde como réu por suspeita de obstruir as investigações da Operação Lava Jato.
No pedido, protocolado nesta segunda (5), os advogados apontam supostas fragilidades na acusação a questionam a validade da delação do ex-senador Delcídio do Amaral, segundo o qual Lula teria tentado impedir a delação do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró.
Lula se tornou réu na Lava Jato no final de julho, junto com Delcídio, o ex-chefe de gabinete de Delcídio Diogo Ferreira, o banqueiro André Esteves, o advogado Édson Ribeiro, o pecuarista José Carlos Bumlai e o filho dele, Maurício Bumlai.
A denúncia foi inicialmente apresentada pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e depois complementada por procuradores do Ministério Público Federal que atuam na primeira instância. A acusação foi recebida na Justiça Federal de Brasília depois que Delcídio perdeu o foro privilegiado no Supremo Tribunal Federal (STF), após ter o mandato cassado.
Na resposta à acusação, a defesa de Lula diz que a própria decisão do juiz Ricardo Leite, que recebeu a denúncia, repete "expressões genéricas da lei", sem indicar o nome dos denunciados e omitindo os crimes a ele imputados. Sobre a denúncia em si, diz que ela é "vaga e lacônica", sem descrição efetiva da conduta do ex-presidente no caso.
"A imputação constante do aditamento à denúncia ao peticionário [Lula] configura projeção psíquica de hipóteses idiossincráticas verdadeiramente delirantes, existentes exclusivamente na imaginação punitiva dos agentes da persecução penal", diz o pedido, em referência ao complemento na denúncia feita pelo MPF.

Noutro trecho, o pedido também diz que Lula não pode ser acusado somente com base em fatos narrados por Delcídio, além de contestar a própria validade da colaboração. Alega que o conteúdo foi vazado para a imprensa antes de sua homologação e que faltou voluntariedade do ex-parlamentar para fechar o acordo.
"[O] Delator se achava não apenas privado de sua liberdade no momento em que aceitou o acordo, como, também, submetido a situação degradante e incompatível com a dignidade humana", diz a peça, acrescentando que Delcídio "não goza da necessária credibilidade".

O documento apresentado pelos advogados de Lula é uma resposta prévia à acusação, a primeira manifestação de defesa dentro da ação penal. Na peça, a defesa também indica testemunhas para defender Lula caso a ação seja levada adiante.
Entre as testemunhas indicadas, está o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), a senadora Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), os deputados Paulo Teixeira (PT-SP), Wadih Damous (PT-RJ), José Mentor (PT-SP), Jandira Feghali (PC do B-RJ), o diretor do Instituto Lula, Paulo Okamotto, além de outros assessores.