A União Europeia (UE) manterá a suspensão da guerrilha das Farc de sua lista de organizações terroristas, ao considerar que esta decisão era independente do resultado final do referendo sobre o acordo de paz na Colômbia, anunciaram nesta segunda-feira fontes europeias.
"De um ponto de vista jurídico, a decisão do Conselho de suspender as sanções contra as Farc não é afetada" pelo resultado do referendo, afirmaram à AFP estas fontes, horas após os colombianos votarem contra o acordo assinado entre Bogotá e a guerrilha marxista.
O Conselho da União Europeia, que representa os 28 países do bloco, decidiu na última segunda-feira suspender durante seis meses a guerrilha de sua lista de grupos terroristas, uma medida que entrou em vigor depois que o governo colombiano e as Farc assinaram o acordo de paz.
"De um ponto de vista jurídico, a decisão do Conselho de suspender as sanções contra as Farc não é afetada" pelo resultado do referendo, afirmaram à AFP estas fontes, horas após os colombianos votarem contra o acordo assinado entre Bogotá e a guerrilha marxista.
O Conselho da União Europeia, que representa os 28 países do bloco, decidiu na última segunda-feira suspender durante seis meses a guerrilha de sua lista de grupos terroristas, uma medida que entrou em vigor depois que o governo colombiano e as Farc assinaram o acordo de paz.
Na prática, "as Farc continuarão na lista da UE (...), mas as medidas restritivas (impostas à guerrilha) deixarão de ser aplicadas", concretamente o congelamento de ativos e a proibição de receber fundos, havia declarado à AFP na época uma autoridade europeia.
Para surpresa geral, 50,21% dos colombianos rejeitaram no domingo em um referendo o acordo de paz concluído com a guerrilha das Farc que buscava encerrar um dos conflitos mais velhos do mundo.
O presidente colombiano, Juan Manuel Santos, e o chefe máximo das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), Rodrigo Londoño ("Timochenko"), haviam assinado o acordo no dia 26 de setembro, negociado sob o patrocínio de Noruega e Cuba.
Santos havia convocado o referendo para legitimar o acordo por voto popular.
O pacto com as Farc, de 297 páginas, buscava terminar com o principal e mais antigo conflito armado da Colômbia, um complexo entramado de violência entre guerrilhas, paramilitares e agentes estatais, com um saldo de 260.000 mortos, 45.000 desaparecidos e 6,9 milhões de deslocados desde seu início, em 1964. Do NE10