A chuva que atingiu Pernambuco durante toda a madrugada desta quinta-feira (19) superou as expectativas da Agência Pernambucana de Água e Clima (Apac). Em 6 horas choveu 97% do esperado para o mês de dezembro. Foram 66 milímetros de água acumulada no Recife. Esta chuva atingiu todo o Estado e deve se prolongar, pelo menos, por uma semana, chegando ao Natal. Internautas falam que o fenômeno chegou em Garanhuns, Pesqueira, Petrolina. Nos próximos dias, a força da chuva deve ir diminuindo, mas o mau tempo continua. A previsão de temperatura para hoje é entre 17 e 33 graus.
Mesmo com a surpresa para os pernambucanos, esta precipitação já era prevista pela Apac. "Essa chuva é causada por um fenômeno denominado zona de convergência do Atlântico Sul. Como ele teve início hoje, a tendência é que ainda ocorram pancadas de chuva, mas que vá perdendo a força", explicou Francis Lacerda, coordenadora do Laboratório de Meteorologia de Pernambuco (Lamepe). Para o Natal, está prevista ocorrência de pancadas de chuva, mas "nada que cause transtorno".
Em Garanhuns, chove desde a tarde da última quarta-feira, o que complicou a situação para os moradores da cidade do Agreste. Duas casas caíram no Parque Fênix, mas não há informações de feridos. O telhado da UPAE de Garanhuns, inagurada há cerca de 7 meses, ficou danificado. A inauguração da reforma do Hospital Regional Dom Moura, que teria representantes do Governo Estadual, foi adiada. Várias ruas e avenidas da cidade ficaram alagadas, pois o escoamento de água de Garanhuns não comportava a quantidade de chuva.
Entretanto, as chuvas não vieram só a prejudicar o Estado. Municípios do Sertão do Pajeú comemoraram as pancadas de chuva. Foi registrada chuva em Afogados da Ingazeira, Tabira, Carnaíba, Flores, Calumbi, Quixaba, Ingazeira, Solidão e Santa Terezinha. Nessas localidades, chove deste a terça-feira e deve continuar assim até o final de semana. Essa novidade criou expectativas nos agricultores da região, que esperam que os reservatórios possam acumular água para tirar as plantações da crise gerada pela última seca.