sábado, 9 de novembro de 2013

Custódia dos nosso pais - Autor Ederaldo Lemos

CUSTÓDIA DOS NOSSOS PAIS
(Ederaldo Lemos)

Ô tempo, tempinho bom. Que mata o meu coração
Ô tempo, tempinho bom, no tempo do casarão

doutor pedro advogando, teresinha ensinando
o dnocs transbordando, águas pós fevereiro
no caminhão de romeiro, padim  ciço, frei Damião
na praça padre leão, as festividades de março
hoje tudo que eu faço, é relembrar o tempinho bom

meninos jogando bola, e as meninas de calunga
na esquina o mestre lunga, conserta até bagaceira
dia de segunda feira, tomar cachaça com caju
Gerson da tambaú, mexendo o tacho da saudade
meus tempos de mocidade, eita que tempinho bom

a energia era a motor, agente dormia no escuro
na fazenda de zé duro, eu conheci uma loura
no hospital doutor moura, a todos receitando
juntamente com orlando, zé caboclo dando o tom 
e as rezas de Dondon, eita que tempinho bom

no sábado de zé pereira, era com zé motorista
das balança a boa vista, era só animação
e severino do rádio, consertando a televisão
pra no alto do cruzeiro, assistir a seleção
foi nos anos de setenta, meu brasil tri campeão.