quinta-feira, 1 de junho de 2017

Vigilantes morrem durante assalto no Rio de Janeiro

A irmã do segurança que ficou ferido durante o assalto no Arco Metropolitano, no Rio, nesta quarta-feira (31) - ocorrência que terminou ainda com outros dois agentes mortos- ficou sabendo que o irmão estava envolvido no caso ao reconhecê-lo num vídeo recebido pelo Whatsapp.

Segundo a irmã do sobrevivente, ele foi atingido de raspão no abdômen, por estilhaços no rosto e foi baleado na mão. Ela acrescentou ainda que o agente tinha medo da rotina de trabalho e tinha cogitado sair do emprego por causa da violência.
"Eu fiquei sabendo por um vídeo que está circulando no WhatsApp. Quando eu vi ele de costas, voltei e vi que era ele. Eu estou aguardando para ter informações. Até agora, não veio nenhum representante da empresa dele. Ele está passando por cirurgia, tem uns 40 minutos que ele entrou na sala. Ainda não temos detalhes, não sei se ele vai ter que amputar alguma coisa. Ele dizia que tinha medo, domingo foi no velório de um amigo dele que trabalhava com isso. No dia das mães ele falou que queria deixar o emprego, mas não têm pra onde ir. Ele precisa ganhar dinheiro", disse.
Um amigo dos agentes levados ao hospital afirmou ao G1 que os casos se repetem nos mesmos lugares sempre. Ele não quis se identificar por questões de segurança, mas afirmou que o policiamento não muda nas regiões.
"O Johny[como era conhecido uma das vítimas] já tinha passado por um assalto no mesmo lugar. No Arco Metropolitano, em Japeri. A ordem é chegar já matando a escolta. Em Japeri no arco, próximo do Chapadão, em São Gonçalo, e na Ilha do Governador. É sempre nesses lugares. O policiamento não muda em nada, mesmo com todos esses casos. Tem outra coisa, os caras sempre estão com fuzil, AK-47 e a gente? Só andamos com pistola. Tem como não acontecer isso? Enquanto isso a gente vai ver isso aí, pai de família morrendo, trabalhador morrendo. A mulher do Johny vai ter filha mês que vem, ela estava grávida", lamentou o amigo.