sábado, 23 de agosto de 2014

Adutora do Agreste sob o risco de parar

Adutora do Agreste sob o risco de parar
Um impasse entre governos federal e estadual está travando o andamento da obra da Adutora do Agreste. O repasse do convênio de R$ 1,3 bilhão entre Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa) e Ministério da Integração Nacional para a implantação do projeto não está como o estado contratou. De acordo as contas da Compesa, cerca de R$ 780 milhões já deveriam ter chegado do governo federal. Só vieram R$ 314 milhões. O resultado é cerca de 800 demissões, canteiros desmobilizados, suspensão de contratos com fornecedores e um ensaio para a paralisação total. O Ministério da Integração, por sua vez, garante o repasse concluído de R$ 326 milhões e que a obra está em pleno vapor. O Ramal do Agreste vai receber as água da Transposição do Rio São Francisco, ligando Sertânia a Arcoverde, ambas no Sertão. Em Arcoverde, começa a Adutora do Agreste que está com as obras suspensas devido à diminuição de repasse dos recursos da União. A adutora é executada pela Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa).
De acordo com o presidente da Compesa, Roberto Tavares, o convênio com o Ministério da Integração Nacional para construção da obra é validado por portaria interministerial (130/2013), que simplifica a liberação de recursos para projetos destinados a necessidades de grande proporção, como seca, enchentes, entre outros. “O processo de repasse é de 30% mediante apresentação de contratos, depois mais 40% mediante comprovação por relatório de que a obra está sendo tocada e o restante pós-fiscalização do ministério para concluir a obra”, destacou Roberto Tavares. Ainda de acordo com o presidente da Compesa, vários ofícios foram enviados para o ministério, avisando do risco de paralisação, mas sem qualquer retorno. O ministério se limitou a responder que os repasses são feitos de acordo com a execução da obra da adutora.
Outro agravante para a celeridade do projeto é o fornecimento de tubulações. A Saint-Gobain, que possui contrato de mais de R$ 500 milhões com a Compesa, estava importando de unidades industriais da Alemanha e da Espanha, porque a fábrica brasileira não atendia à demanda. Com a falta de dinheiro, a Saint-Gobain suspendeu as importações. A assessoria de imprensa do Ministério da Integração Nacional informou que os repasses para a Adutora do Agreste estão “sendo efetuados de acordo com a execução da obra pelo Estado”. Foram repassados R$ 326,9 milhões da União para o empreendimento. Já com relação ao Ramal do Agreste, a previsão é que o edital para contratação das obras seja relançado em setembro