quinta-feira, 17 de setembro de 2015

MEC cria grupo sobre inclusão de estudantes negros em pós-graduação

O Ministério da Educação criou um grupo de trabalho para propor "mecanismos de inclusão" de estudantes pretos e pardos em cursos de mestrado e doutorado no país. A análise deve se estender ainda a indígenas, estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades, de acordo com portaria publicada ontem (15) no "Diário Oficial da União".
Ronaldo Barros, secretário de ações afirmativas da Secretaria da Igualdade Racial, defende a adoção de cotas na pós-graduação, a exemplo do que foi feito no processo seletivo das universidades federais e de concursos públicos da União.
A instituição definiu reserva de 20% das vagas de pós-graduação para mestrado e doutorado para pretos, pardos e indígenas. Esses candidatos também disputam as vagas da ampla concorrência –s e classificados nessa seleção, não são computados nas vagas reservadas.
Ao contrário das cotas na graduação, Barros não vê necessidade de que o candidato tenha feito ensino médio ou superior em instituição pública. Assinada pelo ministro Renato Janine (Educação), a portaria define prazo de quatro meses para conclusão dos estudos do grupo.