terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Pernambuco registra 13% mais homicídios em 2016



Indo na contramão da meta estabelecida pelo Pacto Pela Vida, que é reduzir, anualmente, em 12% o número de homicídios no estado, Pernambuco registrou crescimento de mais de 13% de crimes contra a vida em 2016. Segundo a Secretaria de Defesa Social, de janeiro a novembro de 2015 foram 3.541 homicídios. Em 2016, esse número subiu para 4.007, levando em conta o mesmo período do ano.
Ontem, a Polícia Civil divulgou um balanço das Operações de Repressão Qualificada. Dentro dessas investigações, 32% dos presos estavam ligados à crimes de homicídios. Para o chefe da corporação, Antônio Barros, 2016 foi um ano difícil que refletiu, também, numa crise na segurança publica no estado.
Ainda no dia 22 de novembro de 2016 o número de homicídios já havia superado o total registrado em 2015. Foram 3.902 em contrapartida dos 3.888 em 2015. O ano de 2016 terminou, segundo o chefe da Polícia Civil, com um total de 2.579 inquéritos de homicídios e tentativas do crime concluídos. Um aumento de 9% em relação a 2015.
O ano de 2016 também apresentou crescimento de Operações de Repressão Qualificada. De acordo com a Polícia Civil, o dado de 44 operações é o maior desde 2014, quando Pernambuco registrou 37 ORQ. Com 580 prisões decorrentes dessas investigações, Antônio Barros garante que o número não tem ligação com o aumento no índice de violência no estado.
Isso é reflexo de ações que a Polícia Civil tem incrementado com esse olhar voltado para a área de inteligência. Nós tivemos um aumento no número de atividade criminosa, mas a polícia não pode esmorecer diante disso", explicou ao comentar a autorização de um concurso público para acréscimo de efetivo.
Levanto em consideração as pessoas presas durante as operações de repressão qualificadas, 32% estavam envolvidas em homicídios, 23% com tráfico, 14% com crimes contra a administração pública, 11% roubo, 9% furto e 11% com outros delitos como fraudes em concursos e intolerância esportiva. Desses presos, apenas 16% voltou para as ruas.
Quanto aos constantes assalto a bancos, o coordenador da força tarefa contra roubos a unidades bancárias, Darlison Macedo, adiantou que a corporação já monitora quadrilhas suspeitas de arquitetar e executar as ações. No entanto, preferiu não se aprofundar nas explicações.