quarta-feira, 22 de outubro de 2014

DNA dos camelos chave para tratamentos de asma e diabetes

Um estudo publicado na revista especializada Nature Communications revela, a partir do sequenciamento de DNA, quais adaptações evolutivas permitem que os camelos sobrevivam às condições extremas do deserto. De acordo com os autores, o número de corcovas pode ter relação com a capacidade de resistência desses animais. Eles dizem ainda que os detalhes do genoma do animal pode melhorar a compreensão sobre os efeitos das mudanças climáticas, além de auxiliar no desenvolvimento de tratamentos contra asma e diabetes.

Por conseguirem tolerar perdas de água de até 25% e temperaturas acima dos 40ºC, camelos são modelos ideais para o estudo das adaptações ao deserto. Foi por isso que pesquisadores de instituições da China, Arábia Saudita e Dinamarca sequenciaram, pela primeira vez, o DNA e RNA do camelo-bactriano, exemplar asiático de duas corcovas. Outros dois representantes da classe dos camelídeos, o dromedário árabe — que possui uma única corcova — e a alpaca sul-americana também tiveram o genoma mapeado.