quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Arcoverde: Merendeiras das escolas estaduais há dois meses sem salários


Centenas de merendeiras contratadas pela Secretaria Estadual de Educação de Pernambuco em Arcoverde e região, que trabalham em escolas integrantes da Gerência Regional de Educação do Sertão do Moxotó e Ipanema, denunciam que estão há dois meses sem receber salários.

Informações repassadas a reportagem da Folha, inclusive vias de recibos de pagamentos já assinados, sem data, que ainda aguardam receber, dão conta de que o último mês em que viram a cor dos seus salários foi em junho referente ao mês de maio. Estariam em aberto os salários de junho e julho, embora as funcionárias, que não são efetivas, já teriam assinado os recibos referentes aos salários não recebidos. São cerca de 700 funcionárias contratadas.

Com dívidas no comércio e junto às prestadoras de serviços, como Celpe e Compesa, elas apelam no anonimato para que o Governo do Estado, comandado pelo socialista Paulo Câmara (PSB), atualize seus salários. Alegam que mesmo com salários atrasados vem cumprindo seus horários rigidamente, sem falta, mas a situação está ficando cada vez mais difícil devido o acumulo das dívidas. Todas temem serem perseguidas por protestar pelos seus direitos.

As merendeiras eram funcionárias contratadas da prestadora de serviços Liber, que se desligou do Estado e, segundo as mesmas, quitou todos os direitos trabalhistas, quando encerrou seu contrato com a Secretaria de Educação no último mês de abril. A partir daí, as merendeiras passaram a serem pagas diretamente pela secretaria até que uma nova empresa contratada, a Soluções Terceirizada, com sede em São Paulo e filial em Caruaru, absorva as funcionárias.

O problema de salários atrasados de prestadores de serviços não é apenas na GRE de Arcoverde. Há cerca de sete dias, merendeiras que atuam na cidade de Petrolina denunciaram que estão com seus salários há meses atrasados. Muitas delas estão passando necessidades com energia e água cortadas, falta de alimentos em suas casas, e ainda vivendo de ajuda de amigos e familiares, segundo o blog Petrolina em Destaque.