quinta-feira, 5 de maio de 2016

No Recife, cafés investem em produtos especiais, atraem clientes e superam crise.



Café não é tudo igual. Definitivamente, as cafeterias que apostaram em produtos especiais chegaram no Recife para mostrar que o cafezinho após o almoço evoluiu. Grãos super selecionados, cultivados em diferentes solos e regiões, entre tantas outras coisas, fazem o apreciador de café se perder entre aromas e sabores. As cafeterias ganharam uma identidade mais moderna, produtos cada vez mais "premium", atendimento especializado e frequentadores exigentes.
Na capital pernambucana, o movimento de abertura de casas especializadas em cafés diferenciados tem se fortalecido desde o fim do ano de 2014, quando novas cafeterias - inspiradas no mercado internacional, por exemplo - começaram a se proliferar nos mais diversos bairros da cidade. Nem mesmo a crise financeira que afeta o orçamento de milhares de famílias no Grande Recife tem feito o movimento cair.
O Malakoff Café Gourmet, localizado na Rua Alfredo Pereira Borba (esquina com a Av. Abdias de Carvalho), no Prado, Zona Oeste do Recife, é um desses estabelecimentos com um toque diferenciado que têm atraído todo tipo de público para tomar um bom cafezinho.

O negócio, que pertence ao casal Alan Cavalcanti e Talita Marques, foi idealizado desde meados de 2014 e inaugurado em março do ano seguinte. "Abrimos no meio do furação [da economia no País] e descobrimos que existia, na verdade, uma demanda reprimida de coffee lovers [amantes de café em inglês] que não era atendida pela cafeterias tradicionais. Nosso foco são cafés especiais filtrados (coados) de maneiras diferentes", contou Talita.

Para garantir o produto diferenciado, Alan buscou um curso de barista e participou de um evento internacional, realizado em Belo Horizonte. Ele estudou sobre o mundo do café, os diferentes grãos, modos de preparo e hoje se sente a vontade para conversar aprofundadamente com os apreciadores da bebida. "Quem gosta de café é como quem bebe vinho, identifica-se um mais forte que o outro, se tem um toque frutado, entende a diferença entre umespresso e um coado", detalhou o empreendedor.
Consumidora de café, a fisioterapeuta Ana Grasiela Teles confessa que todos os dias, no final da tarde, para em algum lugar para apreciar um bom cafezinho. A escolha dessa terça-feira (3) foi o Malakoff Café, onde bebeu um "Pátio de São Pedro" (expresso, leite vaporizado, leite condensado e calda de chocolate) acompanhado de uma boa porção de pãezinhos de queijo. "Adorei o ambiente, o café é uma delícia e de alto nível. Voltei de uma viagem na Europa, onde as cafeterias são muito comuns, e posso dizer que o café daqui é tão bom quanto", comentou ela que esteve pela primeira vez no estabelecimento.