quinta-feira, 22 de setembro de 2016

Obama pede "correção de rumo" da globalização

Barack Obama discursou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas / Foto: Fotos Públicas / Yenny Muñoa / CubaMINREX
Barack Obama discursou na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas
Foto: Fotos Públicas / Yenny Muñoa / CubaMINREX
Estadão Conteúdo
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu uma "correção de rumo" da globalização, de modo a evitar que as nações se tornem mais divididas. Em discurso na Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Obama também admitiu que a entidade e outros poderes mundiais têm capacidade limitada para resolver os desafios mais profundos do mundo e reforçou que o conflito no Oriente Médio "não será facilmente revertido".
"Se formos honestos, sabemos que nenhum poder externo será capaz de forças comunidades de diferentes religiões e grupos étnicos a coexistirem por muito tempo", afirmou Obama. "Até que as questões sobre como comunidades coexistem sejam respondidas, as brasas do extremismo continuarão queimando. Incontáveis seres humanos sofrerão".
Numa referência pouco sutil ao candidato republicano à presidência dos EUA, Donald Trump, Obama disse que "o mundo é muito pequeno para nós simplesmente construirmos um muro e evitarmos que o extremismo afete nossas próprias sociedades".
Ao fazer um diagnóstico sobre as "doenças" do mundo, Obama não deixou de criticar a Rússia. "Num mundo que deixou a era dos impérios para trás, nós vemos a Rússia tentando recuperar uma glória perdida à força", afirmou. As diferenças entre Obama e o presidente russo Vladimir Putin foram intensificadas após as tentativas frustradas das duas forças de resolver a guerra civil da Síria juntas.
O discurso ilustra o pouco progresso que foi feito no sentido de reconciliar os interesses divergentes entre os dois países. Há um ano, Obama usou o mesmo espaço para declarar que o presidente sírio Bashar Assad precisava deixar o poder, enquanto Putin fez um discurso avisando que seria um erro abandonar o ditador. Do JC