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A empreiteira Andrade Gutierrez, uma das investigadas pela operação Lava Jato, fechou acordo de leniência (delação premiada das pessoas jurídicas) com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Ela teria admitindo a formação de um cartel de empreiteiras para a construção das obras da Copa em 2014, entre elas a “Arena Pernambuco” que foi construída pela Odebrecht.
Suposto superfaturamento nesta obra foi investigado pela “Operação Fairplay”, do que resultou uma denúncia do procurador geral da República, Rodrigo Janot, contra quatro expoentes do PSB de Pernambuco: Paulo Câmara, Geraldo Júlio, Fernando Bezerra Coelho e Tadeu Alencar.
À época, todos eram secretários do então governador Eduardo Campos e faziam parte do comitê gestor das Parcerias Público-Privadas. As outras Arenas que teriam sido construídas ou reformadas pelo cartel foram Maracanã (Rio de Janeiro) e Mineirão (Belo Horizonte).
Os nomes de outras duas arenas estão sendo mantidos em sigilo para não atrapalhar as investigações do Ministério Público. Além da Andrade Gutierrez e da Odebrecht, fariam parte do cartel a OAS, a Carioca Engenharia, a Queiroz Galvão e a Camargo Corrêa.
De acordo com as primeiras investigações, as empresas combinavam previamente os preços das obras e se acertavam internamente sobre “quem” ficaria com “qual”