terça-feira, 6 de dezembro de 2016

Piloto tinha ordem de prisão decretada, diz ministro da Bolívia

Segundo ministro da defesa da Bolívia, ele ainda tinha ordem de prisão decretada por deixar a Força Aérea / Foto: FacebookSegundo ministro da defesa da Bolívia, ele ainda tinha ordem de prisão decretada por deixar a Força Aérea / Foto: Facebook
O piloto boliviano Miguel Queiroga, comandante do avião da companhia aérea Lamia, estava sendo processado na Bolívia. De acordo com o ministro da defesa, Reymi Ferreira, ele ainda tinha ordem de prisão decretada por ter deixado a Força Aérea. A formação de um piloto na Força Aérea da Bolívia custa aos cofres públicos cerca de US$ 100 mil, de acordo com o ministro.
"O capitão Quiroga, que era o piloto do avião que se acidentou, estava sendo julgado pela Força Aérea Boliviana, inclusive tinha um mandado de prisão contra ele", afirmou o ministro nesta segunda-feira (5). Ferreira ainda disse que o piloto e outros quatro militares também são processados pelo mesmo motivo, porém conseguiram evitar a prisão apresentando recursos à justiça.
"Eles receberam uma formação profissional, um investimento do governo, e, de repente, no meio de cumprir com o acordo de devolver esses conhecimentos e habilidades à Força Aérea e ao governo, preferem renunciar", explicou Ferreira. Ele ressaltou também que os pilotos não podem sair da Força Aérea até cumprir o prazo de serviço estipulado. Queiroga, porém, não havia justificado a saída. Alguns casos são permitidos a baixa do profissional.
O piloto da aeronave da Lamia não alertou aos passageiros sobre a situação de emergência e nem sobre a falta de combustível, contou um sobrevivente à imprensa boliviana nesta segunda-feira. "Todos acreditávamos que iríamos aterrissar", declarou o técnico de voo boliviano Erwin Tumiri, um dos seis sobreviventes do acidente aéreo.