quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Perito confirma versão da noiva do promotor assassinado em Itaíba

Mysheva Martins, namorada do promotor de Itaíba, assassinado em 2013 (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)Mysheva Martins, namorada do promotor de Itaíba, assassinado em 2013 (Foto: Marlon Costa/Pernambuco Press)
O perito federal Carlos Eduardo Palhares Machado afirmou, em oitiva que está acontecendo no tribunal do júri do assassinato do promotor Thiago Faria Soares, que os laudos da Polícia Federal e a simulação 3D feita durante as investigações estão de acordo com o depoimento prestado por Mysheva Martins, noiva do promotor à época em que ele foi morto.
O perito federal também disse que os laudos anteriores, feitos durante a investigação da Polícia Civil, apresentavam erros na quantidade, ordem e posição dos tiros. Na ocasião, a perícia estadual mostrava que o depoimento de Mysheva, principal testemunha do crime, era "incompatível" com os laudos.
O trabalho da perícia federal, no entanto, revelou "a inconsistência dos laudos anteriores". "O primeiro disparo só seria possível com o atirador com o corpo para fora do carro, o que compatibiliza com o depoimento de Mysheva". Ele detalhou ainda que o laudo da PF evidenciava a noiva do promotor também como alvo.
O depoimento do perito federal Carlos Eduardo Palhares Machado era o mais aguardado do segundo dia de julgamento. Testemunhas de defesa depuseram anteriormente. Audálio José dos Santos e Paulo Ferreira dos Santos, pai e irmão, respectivamente, de Adeildo Ferreira dos Santos, acusado de executar o crime, alegaram que o réu não sabe manusear armas nem dirigir.
Mais cedo, pela manhã, Carlos Ubirajara, cunhado de outro réu, José Maria Pedro Rosendo Barbosa, afirmou desconhecer sua fama de violento e os crimes atribuídos a ele. O quinto acusado, Antônio Cavalcante Filho, está foragido. Por isso, o processo dele foi desmembrado para não prejudicar o andamento do caso.