sexta-feira, 25 de novembro de 2016

Caboclinho pernambucano ganha título de Patrimônio Cultural do Brasil

Resultado de imagem para Caboclinho pernambucano ganha título de Patrimônio Cultural do BrasilResultado de imagem para Caboclinho pernambucano ganha título de Patrimônio Cultural do Brasil
O Caboclinho pernambucano passou a ser considerado Patrimônio Cultural do Brasil nesta quinta-feira (24), após votação unânime no Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural. Uma das manifestações populares mais tradicionais do estado, a prática é marcada por forte presença religiosa afro-indígena-brasileira.
A reunião, que ocorre anualmente para avaliar os pedidos de tombamento, foi realizada na sede do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em Brasília.
Estruturalmente, o caboclinho está ligado à prática da Jurema, religião que une elementos de matriz africana e indígena. Os "caboclos", entidades espirituais, são celebrados por meio dos instrumentos musicais e pela dança, característica da expressão.
Presente em uma área que vai de Pernambuco ao Rio Grande do Norte, o Caboclinho se estende pelo Nordeste com performances de rua e, especialmente, no carnaval.
Em Pernambuco, de acordo com o Iphan, existem cerca de 70 grupos de Caboclinho. No bairro de Água Fria, Zona Norte do Recife, o Caboclinho Sete Flexas foi fundado no dia 7 de setembro de 1971 e é um dos principais da capital. Idealizado por Zé Alfaiate, que faleceu duas semanas antes do reconhecimento do Iphan.
A solicitação para que o Caboclinho fosse protegido federalmente foi apresentado ao Iphan pela Secretaria de Cultura de Pernambuco, com a anuência dos representantes e membros da comunidade desse bem cultural.
A performance dos caboclinhos ocorre geralmente nas ruas com indumentária específica e sendo composta por dança e música. Os participantes se apresentam, geralmente, dançando em duas filas, cada um deles portando uma preaca, que é instrumento musical em forma de arco e flecha.