
O presidente Michel Temer (PMDB) convidou o deputado pernambucano Roberto Freire (PPS-SP) para ocupar o cargo de ministro da Cultura após o pedido de demissão de Marcelo Calero. O parlamentar aceitou o convite.
Freire foi deputado federal por Pernambuco cinco vezes, quatro delas pelo PMDB e uma pelo PCB, além de ter sido senador de 1995 a 2003. Está no segundo mandato por São Paulo. Porém, o parlamentar começou na vida pública como deputado estadual em Pernambuco na década de 1970.
Formado em direito pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), participou do movimento estudantil. Após a graduação, foi procurador do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). O novo ministro da Cultura é autor de livros sobre política.
Pouco antes do anúncio do novo nome, o Palácio do Planalto havia confirmado a saída de Calero do Ministério da Cultura. A carta de demissão foi entregue pelo ministro na noite de quinta-feira (17) ao presidente Michel Temer no Palácio do Planalto. Na ocasião, o presidente solicitou ao ministro que reconsiderasse a decisão. Mas no fim da tarde desta sexta-feira Calero ligou para Temer para confirmar a decisão de que deixa o governo.
Segundo o Ministério da Cultura, a saída foi motivada por divergências com alguns integrantes do governo. Calero pediu demissão do governo seis meses após assumir o cargo. Há tempos, vinha reclamando de falta de verbas na área para executar os principais programas da pasta.
Calero foi secretário de Cultura da Prefeitura do Rio. Comandou a pasta após seu trabalho como presidente do Comitê Rio 450, criado para organizar a celebração dos 450 anos da cidade, em 2015.
Com a extinção do Ministério da Cultura (Minc), Calero chegou a assumir primeiro uma secretaria para cuidar da área, vinculada ao Ministério da Educação. Temer, porém, foi pressionado a reativar o Minc e chamou Calero para ser ministro.