sexta-feira, 3 de junho de 2016

Com 26 mm de chuva, Grande Recife registra pontos de alagamento.


Segundo Defesa Civil, não houve registro de deslizamentos de terra.
Em Olinda, Avenida Carlos de Lima Cavalcanti já tem trechos inundados.


Nas últimas 12 horas, o Recife chegou a acumular 26 milímetros de precipitação. Segundo a Defesa Civil da capital, o local mais atingido foi a zona portuária, localizada no Centro. Nas áreas de morro, o acúmulo girou em torno dos 15 mm. De acordo com o órgão, até o momento não houve registro de deslizamentos. Apesar disso, no início da manhã desta sexta-feira (3), a população deve enfrentar mais pontos de alagamento.

No fim da tarde de quinta (2), a Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac) emitiu um alerta de chuva que está sendo de moderada a forte na Região Metropolitana e na Zona da Mata.
A previsão é que a precipitação se mantenha ao longo do dia, mas com uma intensidade menor que a da última segunda-feira (30), quando quatro pessoas morreram no Recife e em Olinda vítimas de desmoronamentos de barreira. Na terça (31), um homem foi encontrado morto em uma rua inundada, em Jardim Atlântico, Olinda.

Na Cidade Patrimônio, a Avenida Carlos de Lima Cavalcanti, no bairro dos Bultrins, já apresenta trechos completamente inundados. Pedestres já têm dificuldade de andar na via e moradores estão ilhados. Sem conseguir trafegar, um motociclista desceu do veículo que conduzia para empurrar a moto.

No Recife, em caso de problemas, a população pode entrar em contato pelo telefone 0800 081 3400. Já em Olinda, o plantão da Defesa Civil atende pelo 0800 281 2112. A ligação é gratuita e a Central de Atendimento funciona 24h.

Alerta
A precipitação acontece devido a um sistema meteorológico chamado Distúrbio Ondulatório de Leste. Ele ocorre quando há uma grande evaporação de água do oceano – a umidade é trazida para o continente através dos ventos alísios, acarretando assim chuva. Esse tipo de evento é comum nesta época do ano na região, quando ocorre mais precipitações.
A expectativa dos meteorologistas é de chuva entre 40 e 50 milímetros ao longo do dia, menos que os aproximadamente 150 milímetros em três horas registrados na segunda (31). A Apac informou que chove desde quinta (2) na Mata Sul, mas esta chuva se deve à nebulosidade que já provocava chuva em Alagoas.
Na tarde quinta, foram registrados 63 mm em Palmares, 31mm em Gameleira, 32 mm em Xexéu, 26 mm em Água e 27mm em Poção.
Chuva recorde
O mês de maio foi de muita chuva no Grande Recife, especialmente nos últimos dias -12 dos 14 municípios do Grande Recife registraram mais de 100% de percentual acumulado em relação à média histórica do período, enquanto os outros dois chegaram bem perto dessa marca. Olinda, que lidera o ranking, notificou 648 milímetros de precipitações entre os dias 1º e 30. Isso significa que o percentual acumulado em relação à média história na cidade ficou em 199%.
Em Paulista, o percentual acumulado em relação à média foi de 172%. Araçoiaba (171%) e Itamaracá (171%), ficaram em terceiro e quarto lugares, respectivamente. Na capital pernambucana, a média do mês de maio é de 328 milímetros. Entre os dias 1º e 30, no entanto, a cidade tece um acúmulo de 104% em relação a essa média histórica.
Bem perto de atingir a marca de 100% de percentual acumulado em relação à média, Moreno ficou com 94% e São Lourenço da Mata, com 99%.
Olinda também está no topo das tristes estatísticas do temporal da segunda-feira (30). Três pessoas morreram por causa da queda de uma barreira, em Águas Compridas. Eram duas mulheres e uma criança. O outro óbito do dia aconteceu em Passarinho, no Recife. Uma menina de 4 anos ficou sob os escombros após o deslizamento de uma encosta.