quinta-feira, 9 de junho de 2016

Recife terá novo centro de inovação tecnológica para a saúde.


Polo de Tecnologia em Saúde deve ficar pronto no fim do ano que vem.
Ideia é atrair empresas para financiar projetos e produção de equipamentos.



 O Recife será sede de um novo centro de inovação tecnológica na área de saúde no Nordeste. O Polo de Tecnologia em Saúde, que já está sendo chamado de Recipólis, deve ficar pronto no fim do ano que vem, segundo a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), que encampa a iniciativa com o apoio do Ministério da Saúde. No espaço, serão desenvolvidos estudos científicos e produção de equipamentos médicos, com a ajuda de investimentos públicos e privados.

Os primeiros passos para a implantação do centro foram dados. Na semana passada, a universidade lançou um edital disponibilizando R$ 300 mil para que professores apresentem projetos de pesquisa e inovação destinados à área. Os docentes têm até o dia 15 de julho para submeter as propostas à análise da Pró-Reitoria para Assuntos de Pesquisa e Pós-Graduação (Propesq). O edital está disponível no site da instituição.
 O objetivo é atrair empresas que possam financiar os projetos realizados por alunos e educadores. “Esse polo é uma tentativa de aproximar governo, universidade e empresas para que, nesse contexto, a gente possa promover uma regionalização do Complexo Industrial de Saúde, trazendo empresas que queiram o interesse de se estabelecer na região”, explica o diretor-presidente do Recipólis, professor do Departamento de Energia Nuclear, Carlos Brayner.

Para o pesquisador, o centro atenderá demandas do mercado de toda a região Nordeste. Já há sete projetos a serem aprimorados no polo; um deles prevê a fabricação e a prospecção de aparelhos para uso dos profissionais em unidades do Sistema Único de Saúde (SUS). “Temos uma comunidade médica grande e a região não produz quase nada de equipamento”, afirma Brayner.

O edifício que abrigará o novo polo será erguido dentro do campus da UFPE, às margens do Lago do Cavouco, na Cidade Universitária, Zona Oeste da capital pernambucana. A construção sairá ao custo de R$ 3,5 milhões. Os recursos já foram autorizados pelo governo federal. Nos próximos dois meses, o edital de licitação da obra deve publicado no Diário Oficial.

A diretora do Núcleo de Telessaúde do Hospital das Clínicas, Magdala Novaes, conta que a iniciativa vem sendo pensada ao longo dos últimos três anos. “A mobilização é para desenvolver tecnologias para equipamentos médico-hospitalares e design industrial. Assim, nós podemos testar métodos de diagnóstico, formas de agilizar os procedimentos cirúrgicos e trazer mais segurança aos pacientes”, garante a professora.