quarta-feira, 15 de junho de 2016

Família de universitária que morreu ao cair de ônibus receberá R$ 480 mil.


Valor foi acertado a partir de uma conciliação com a empresa de ônibus. 
Camila Mirele morreu em 2015; acidente aconteceu próximo a UFPE.



A empresa de ônibus Metropolitana irá pagar R$ 480 mil à família da estudante universitária Camila Mirele Pires da Silva, que morreu após cair de um ônibus em maio de 2015, perto do campus da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), no Recife. A decisão foi acertada a partir de uma conciliação feita durante audiência nesta terça (14), na 27ª Vara Cível da Capital.
De acordo com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), R$ 400 mil serão pagos aos pais da jovem a título de danos morais, pensionamento e despesas de funeral. Os outros R$ 80 mil serão direcionados ao pagamento de honorários de advogados. O G1 tentou entrar em contato com a empresa, mas não obteve sucesso.
 universitária, 18 anos, morreu após cair do ônibus em que  voltava para casa, na noite do dia 8 de maio de 2015. O ônibus da linha Barro-Macaxeira passava pela BR-101, em frente à Casa do Estudante, perto do campus da UFPE quando ocorreu o acidente. A linha é operada pela empresa Metropolitana.

Aluna do segundo ano do curso de biomedicina na UFPE, Camila estava voltando para casa, em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana, e o ônibus estava lotado. O veículo estava em movimento quando a porta se abriu e a jovem caiu. Ela chegou a ser socorrida para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu aos ferimentos. O velório e enterro aconteceram na tarde do dia seguinte ao acidente, no cemitério do Barro, em Jaboatão.
Inquérito
Após o acidente, o Ministério Público de Pernambuco denunciou quatro pessoas do Grande Recife Consórcio de Transporte e da Empresa Metropolitana por homicídio culposo – quando não há intenção de matar. No ano passado, o pai da estudante, Wellignton Pires, acreditou que a morte da filha aconteceu por imprudência do motorista do coletivo.

Após fechamento do inquérito instaurado pela Polícia Civil, o motorista do ônibus foi indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor, com o agravante de se tratar de veículo de transporte de passageiros - segundo a polícia, ele abriu a porta com o ônibus em movimento, provocando a queda da jovem.
Protestos
Três dias depois do acidente com a jovem, estudantes da UFPE realizaram um protesto nas imediações da universidade para cobrar justiça durante a apuração do caso. Na ocasião, também estavam presentes amigos e parentes de Camila. Os integrantes da manifestação também reivindicaram mais ônibus e respeito aos usuários do transporte coletivo.

A morte da estudante também foi lembrada em janeiro de 2016, durante manifestações contra o aumento da passagem de ônibus. Durante o protesto, manifestantes lembraram o acidente com a universitária.